Sou alfacinha, nascida em Lisboa, em 1977.
Vivi 3 anos em França no início da minha infância, tendo voltado, depois, para Lisboa, onde vivi, cresci, estudei e trabalhei.
Antes de ser mãe, resolvi ter uma experiência fora de Portugal, tendo escolhido a cidade de Londres para viver e trabalhar durante 1 ano e meio.
De volta a Portugal fugi do burburinho da cidade e optei por uma maior proximidade do mar e a linha de Cascais para nova morada.
O mar e a praia - um dos meus sítios favoritos para respirar o ar da manhã e a luz do final do dia.
Sou, também, mãe de 1 rapaz e 1 rapariga que são, sem dúvida, o melhor de mim.
Licenciada em Economia (IUL-ISCTE), com uma pós-graduação em Mercados e Activos Financeiros (CEMAF, IUL-ISCTE), interessada e apaixonada pela sustentabilidade económica, financeira e aplicada ao mundo corporativo, defensora e crente na transformação da cultura organizacional, com base numa liderança por valores, e no well-being como uma forma de vida e uma eterna estudante (porque o saber nunca ocupa, de facto, lugar).
Em termos profissionais, a experiência é diversa e vasta. Para saber mais: https://www.linkedin.com/in/mroqueamaro/
O Yoga surgiu em 2006 pela primeira vez....
Por volta do ano de 2006, a convite de um amigo, resolvi ir experimentar aulas de yoga.
Sempre fiz desporto, desde muito miúda. Uma família ligada ao desporto e sempre disponível para novas experiências.
Na altura pertencia a um grupo de dança contemporânea, ligado ao mundo da ginástica amadora e aos clubes de ginástica de bairro. Uma paixão de sempre - o movimento do corpo, o flow, guiado pela música, ou apenas por uma história muda contada pelo corpo.
Pelo que o yoga se mostrou como uma prática muito curiosa e desafiante - o facto de termos de ter plena consciência da fluidez do corpo, presença no momento e sempre uma estreita colaboração entre mente, corpo e respiração.
Apesar da curiosidade que despertou em mim, acabei por não seguir uma prática consistente e a rotina foi-se perdendo com o tempo.
A vida levou-me por outros caminhos, no âmbito da actividade desportiva.
Mas só mais tarde se tornou uma prática consistente, pois acreditava que não era para mim...
Uns anos mais tarde, um grande amigo (e actual professor e mentor), Luís Marques Matias, que conheci no meio da corrida, lançou-me o desafio de voltar ao yoga.
Ambos praticávamos corrida amadora. Treinávamos consistentemente e com disciplina – cumprindo planos de treino e dicas de treinadores especialistas. Ambos participávamos em provas amadoras, sempre com um espírito competitivo muito próprio – a competição connosco próprios e a busca constante pela auto-superação. Uma busca muito individual e pessoal.
Desde cedo que me soube “ler” bem, enquanto pessoa e enquanto ser humano.
Nunca desistiu do convite de voltar a praticar yoga. Apesar de eu ter constantemente negado - intimamente acreditava que não era uma prática para mim. Tinha um espírito
demasiado dinâmico e intenso para me enquadrar naquilo que acreditava ser uma prática de yoga…
…. Crenças e limitações que coloquei a mim mesma durante muitos anos.
A minha relação com o yoga está intimamente ligada ao meu cancro...
Até que, um dia recebi o diagnóstico de cancro da mama.
O diagnóstico de cancro (19 de Novembro 2018) surgiu num período conturbado na minha vida pessoal. E que acabou por me fazer repensar muitos hábitos e o que queria, efectivamente, para o meu futuro. Foi o início de muitas e grandes mudanças.
De certa forma sei que foi preciso este revés, algo mais forte e abrupto na minha vida, para me fazer PARAR –OBSERVAR – REFORMULAR – MUDAR CRENÇAS – e viver de forma mais presente e consciente.
Desta vez aceitei o convite do meu professor e mentor – o yoga surge, assim, em pleno momento de
processamento de tudo o que implica um diagnóstico de uma doença com uma carga tão pesada como é o cancro, de uma nova realidade, entre tratamentos, em que nos damos conta da efemeridade da vida, neste estado como o conhecemos, de que o dia de amanhã, o momento a seguir, serão sempre uma incógnita, o desconhecido.
O yoga surge como um novo caminho, um novo olhar e perspectiva sobre a vida, sobre eu própria,
enquanto ser físico, mental, emocional. Passa a integrar aquilo a que eu chamo o meu processo de cura holístico - científico e convencional, pelo desporto, pelo desenvolvimento pessoal e pelo aproveitar o simples da vida.
E sim, o yoga foi e é um dos maiores aliados neste processo de lidar com o cancro, com os tratamentos, com o cuidar do meu corpo e saúde mental.